Acadêmicos participam do Revolution Talk em Rio do Sul
A UNIASSELVI de Rio do Sul realizou, no último dia 26 de abril, o REVOLUTION TALK. O evento envolveu o curso de Design de Moda da unidade e contou com conversas com profissionais do design e da moda.
Dois dias antes do evento, no dia 24 de abril, os acadêmicos da instituição aderiram à campanha #whomademyclothes (em português: Quemfazminhasroupas), incentivando-os a tirarem fotos de suas etiquetas e publicarem nas redes sociais com a devida hashtag. O objetivo foi solicitar às marcas respostas sobre os processos que envolvem o feitio de seus produtos.
No dia 26 de abril, o REVOLUTION TALK iniciou com a fala da coordenadora do curso de Design de Moda da UNIASSELVI de Rio do Sul, Carolina Luz, sobre o movimento Fashion Revolution e a importância de cada um ao questionar a cada compra a necessidade e a procedência daquilo que consome. “Por trás de cada produto existe alguém que o está produzindo, e nem sempre os meios de produção são automatizados, seguros e com remuneração justa. São trabalhadores, inclusive crianças, que sofrem jornadas pesarosas e insalubres”, destaca a professora.
Às 19h40, Thiago Cabral falou, ao vivo diretamente do Acre, representando a From Amazonia, sobre empreendedorismo social e o projeto vinculado a Casa do Seringueiro, projeto que visa o desenvolvimento da economia criativa, sustentabilidade aliada ao design social. Edivaldo Paes, fundador da Casa do Seringueiro, participou da conversa juntamente com Thiago. A From Amazônia, em parceria com uma equipe multidisciplinar uniu os modos de extração do látex, atividade principal da economia acreana - ao algodão, gerando um novo produto: o couro da floresta. Produto este, livre de químicos, petróleo e pigmentos prejudiciais ao meio ambiente. O material já vem sendo usado na confecção de calçados e em breve ganhará espaço no mercado do vestuário.
Ana Paula Bonicontro, formada em produção de moda e atua junto com o fotógrafo Lorenzo Bonicontro em produções que transformam fotografia em joias, foi a seguinte atração. Toda preparação e produção são caseiras. O casal não possui estúdio fotográfico e faz uso de matérias primas encontradas pelas ruas e em cenários produzidos “by hand made”. Como resultado das habilidades, nasceu a Falena Bijoux, que associa a economia criativa, sustentabilidade em um acessório com procedência transparente.
A última atração foi com Ana Arruda e Liliana Fronza. Ambas possuem uma marca própria do segmento de homewear. Estiveram presentes falando do desafio de ser empreendedor em tempos de acesso fácil a produtos baratos e que não possuem transparência em seus modos de fazer. Ressaltaram a responsabilidade que os futuros designers de moda possuem em trabalhar o consumo aliado à qualidade, preço justo e harmonia, incluindo os trabalhadores que fazem parte dos elos da cadeia produtiva, e o quanto é importante que este trabalho não os exclua de suas próprias vidas.
Para encerrar, fizemos um quiz com perguntas voltadas ao movimento Fashion Revolution, como data do acontecimento em Bangladesh, nome do edifício onde aconteceu a tragédia, e qual o significado dos 3R’S (reduzir, reutilizar e reciclar). Quem respondeu primeiro foi presenteado com os produtos confeccionados pelas palestrantes.