Novo ensino médio começará a ser implantado no Brasil e afetará o Enem
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Mudanças no currículo escolar têm início no 1°ano e seguem no 2° e 3° em 2023 e 2024, respectivamente
O novo modelo do ensino médio brasileiro para escolas públicas e privadas, aprovado legalmente em 2017, começará a ser implementado a partir deste ano. A primeira mudança será o aumento na carga horária, que passará a ser de pelo menos cinco horas diárias. As alterações têm início no 1° ano, e em 2023 e 2024 serão aplicadas no 2° e 3° ano, respectivamente. Após esse período, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) também terá modificações.
Segundo o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), as novidades estão sendo realizadas com o objetivo de “tornar a etapa mais atrativa e evitar que os estudantes abandonem os estudos”. Parte das aulas serão comum a todos os alunos do país, direcionada pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A inovação prevista é que os próprios jovens escolham um roteiro de conteúdos que possibilite o aprofundamento do aprendizado que eles mais se identifiquem.
As sugestões serão inseridas, por exemplo, em nas áreas como linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou do ensino técnico. Essa oferta, chamada de itinerários, vai depender da capacidade das redes de ensino das instituições. De acordo com o Consed, essa prática deve ser inserida na maior parte das escolas no ano que vem.
Conforme o cronograma estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC), o novo formato será instalado de forma progressiva. Assim, o processo deve ser totalmente concluído em 2024. Quando isso acontecer, pela lei a carga horária será de 1,4 mil horas anuais, o que equivale a sete horas de aula por dia.
Alterações no Enem
Em declaração feita por Vitor de Angelo, presidente do Consed, o Enem também deve sofrer alterações:
"Precisa estar alinhado com o novo ensino médio. O Enem é uma prova nacional que precisa criar critérios de comparação entre todo e qualquer estudante que está terminando o ensino médio, especialmente por causa do Sistema de Seleção Unificada, o Sisu que é nacional. Mas, como vamos comparar, nacionalmente, pessoas que fizeram currículos distintos? Esse é o maior desafio”.
Além disso, em dezembro de 2021, o secretário de Educação Básica do MEC, Mauro Luiz Rabelo, havia dito que o Enem deverá ter duas frentes, uma para avaliar os conhecimentos adquiridos em comum a todos os estudantes, definida pela BNCC, e outra que irá analisar os itinerários:
“Atualmente, a grande questão mesmo é como criar um segundo momento de prova que contemple a avaliação dos itinerários formativos, dada a diversidade de possibilidades na implementação”.
Assim, a nova prova do Enem deverá começar a ser aplicada depois que todas as implantações do novo ensino médio estejam em vigor, em 2024.
*Com informações da Agência Brasil
Por Redação UNIASSELVI
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