Razões por trás da imigração para o Brasil

20/06/2024 Geral
Macaba durante os estudos em Lisboa, entre uma gravação e outra de trabalho
Foto | Arquivo pessoal

Magno Eugênio Macaba veio da Angola, com a família, a procura de educação e segurança

Conforme dados do Portal da Imigração, do Governo Federal, as principais nacionalidades que recebem vistos de entrada no Brasil são: angolana, chinesa, indiana, estadunidense (norte -americana), afegã e cubana; muitos deles em busca de oportunidades de crescimento e realizações. É o caso da família Macaba, que saiu de Angola em busca de educação e segurança.

Magno Eugênio Pinto Macaba, 41 anos, tinha três anos de idade quando, junto dos seus pais e dos três irmãos mais velhos, deixaram o país de origem à procura de melhores condições. Ele conta que o principal motivo foi o boato sobre uma possível nova guerra em Angola, por volta de 1986.

Como Dias Pedro Macaba, o patriarca, já havia vivido a Guerra da Independência em 1975, ele quis dar um destino diferente para os filhos. Para isso, ele primeiro esteve na Europa, em Portugal e depois veio conhecer o Brasil, conforme o acadêmico conta:

“Um amigo do meu pai, que lutou com ele em 1975, estava no Brasil e ao saber que nós estávamos procurando um novo lugar para viver, convidou o meu pai para vir para cá, para conhecer, pois o clima era mais parecido com o de Angola”.

Além de refúgio, os Macabas encontraram em solo brasileiro um campo fértil para o desenvolvimento pessoal e profissional. O sonho de ver os filhos se desenvolverem em um ambiente seguro e de paz se concretizou. Magno conta que os seis tiveram a possibilidade de prosperar na nova casa:

“Meu pai era policial em Angola e quando chegou no Brasil fez o curso de Técnico em Enfermagem, e minha mãe, que era comerciante, fez o de Auxiliar em Enfermagem. Hoje, o meu irmão mais velho é músico especialista na clave bantu e em ritmos afrodescendentes, ele mora em Paris. Meu segundo irmão trabalha com agronegócio, o terceiro, foi jogador de futebol profissional e agora é palestrante motivacional. Eu sou apresentador, ator e ainda estou na “correria” estudando, e não sei quando vou parar”.

Qualificação sem se afastar da família

Aluno do 4º semestre do curso superior em Comunicação Institucional, na UNIASSELVI Osasco, ele afirma que se todos ainda estivessem na Angola, possivelmente as coisas seriam bem diferentes:

“Provavelmente meus irmãos e eu iríamos seguir carreira militar ou policial, pois quem tinha condições mandava os filhos para a Rússia ou Cuba, para estudar, e depois retornavam para a Angola para entrar no exército ou na polícia”.

Segundo ele, por volta dos anos 90, mesmo quem não tinha recursos corria o risco de ser recrutado pela Rusga - tropa que coletava meninos involuntariamente nas ruas para servirem ao exército.

Quando questionado sobre o que ele acha da decisão tomada pelo pai, a resposta é:

“Dificilmente nós teríamos a experiência e as vivências que o Brasil nos deu. Aqui nós temos mais qualidade de vida, de poder estudar e continuar perto da família. Eu estive por oito anos em Angola, depois de adulto a trabalho, e sem dúvidas o meu pai acertou e acertou muito nos trazendo para o Brasil”.

Além da modalidade de ensino a distância permitir que ele tenha mais tempo para desfrutar do laço familiar, ela também oferece a possibilidade de equilibrar a vida profissional com os estudos. Como neste momento, em que ele está em Lisboa, Portugal, gravando para um trabalho. E ressalta:

“Eu não esperava que ia conseguir ter uma boa experiência no EAD como estou tendo. Está sendo muito proveitoso, me surpreendeu”.

 

Por Redação UNIASSELVI

 

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