Bolsa de estudo na UNIASSELVI ajudou acadêmica combater a depressão

Márcia durante os estudos na sua casa
Foto | Arquivo pessoal

Aluna conta como ingressar no nível superior foi importante para o tratamento da doença

Com um tom de voz que transmite uma energia pura e contagiante, aos 49 anos e aluna da UNIASSELVI em duas Graduações, Márcia de Souza Silva conta como ingressar no nível superior - graças a uma bolsa de estudo – foi fundamental para ela vencer a depressão.

Foi por meio do programa de bolsas universitárias do Estado de Santa Catarina (UNIEDU), que ela conseguiu começar a Graduação em Pedagogia. Mais que isso, Márcia revela que o estudo foi determinante para que ela deixasse para trás uma fase de violência doméstica que passou no primeiro casamento.

Os novos e mais leve ares começaram quando em 2020, ela saiu da cidade natal, Campo Grande (MS) para morar no município de Balneário Barra Sul, localizado no Norte de Santa Catarina (SC). O objetivo era reescrever a própria história:

“Quando vim pra cá, eu vi uma oportunidade de refazer minha vida. Era época da pandemia de Covid-19 e resolvi estudar e me matriculei na UNIASSELVI, em Joinville (SC).”

Naquele momento, aos 46 anos, ela tomou a decisão de ocupar a cabeça e usar o ensino como forma de terapia:

“Sendo uma profissional que está apta, preparada para o mercado de trabalho eu venci a depressão, a violência doméstica e a dislexia estudando. Então, eu posso chegar em qualquer lugar, basta ser resiliente”.

Márcia diz que se sente a pessoa mais importante do mundo quando está estudando. Pois ao ler palavras que não são tão comuns, por exemplo, ela sente um imenso orgulho em entender o significado delas. Ainda mais por ser mulher, com mais de 40 anos e viver em uma sociedade ainda tem uma cultura preconceituosa e patriarcal:

“Eu me realizo estudando. Claro que têm dias ruins, mas na UNIASSELVI encontrei um suporte muito bom que tem me ajudado muito.”

No começo do ano, devido a um gatilho ela passou por uma crise de borderline e procurou atendimento médico.
Ela comentou o episódio com um professor, que sugeriu que ela trancasse a matrícula. Na mesma hora ela negou o conselho:

“Na mesma hora eu disse: a única coisa que eu tenho para me aliviar, é estudar. Não vou trancar não.”

Duas graduações

Atualmente, a graduanda está preste a começar o 7° semestre de Pedagogia e se encontra no 7° semestre de Serviço Social, na UNIASSELVI. Mas como nesta Graduação ela não tem bolsa de estudo, foi preciso dar uma pausa e deixar para concluir o curso mais adiante.

Mesmo assim, a estudante não se dá por vencida e mantém a positividade:

“São coisas que acontecem e a gente não pode se deixar abalar. Têm horas que a vida diz para e sugere para seguirmos outros caminhos. Na hora certa tudo vai acontecer”.

Por Redação UNIASSELVI

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