Ensino Superior tem impacto positivo na terceira idade
Oliveria acessando o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA)
Foto | Arquivo pessoal
Graduação oferece diversos benefícios para quem tem mais de 60 anos
Experiência e sabedoria. É isso que mostram os dados do Censo da Educação Superior do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Segundo o levantamento mais recente (2022), em 10 anos, o número de alunos idosos em graduação aumentou 56% no Brasil. Isso corresponde a 51,3 mil idosos matriculados em cursos superiores.
Desse total, 26,6 mil são mulheres e 24,7 mil são homens. Na UNIASSELVI, por exemplo, da base de 500 mil acadêmicos, 4% têm mais de 50 anos, ou seja, 47 mil estudantes. Entre eles está Elzamar Oliveira das Neves, 69 anos, graduanda do 5º semestre de licenciatura em História. Ela conta que, quando mais nova, ingressou em outros cursos que não concluiu e que não vê desvantagem em ter reingressado na jornada acadêmica na fase atual, pelo contrário:
“Eu tenho certeza que por eu estar nessa idade, eu estou levando muito mais a sério do que eu levava antes. São vários os motivos, eu tinha muitos afazeres, tive cinco filhos, meu ex-marido viajava e eu ficava sozinha. Casei muito jovem, com 16 anos, e tive um filho atrás do outro”.
A paraense reconhece que, apesar das responsabilidades como mãe, poderia ter se esforçado mais para se dedicar aos estudos. Mas, ao invés de lamentar por isso, ela ressignifica o fato:
“Eu sei que agora eu tiro melhor proveito, porque, agora, parece que a minha cabeça está até melhor do que antes. Eu raciocino rápido, levo mais a sério. Quando eu estou assistindo TV ou série, eu “digo” não, não posso tá vendo isso porque eu tenho que terminar de ler o meu livro. Então, eu acho que estou mais madura, mais centrada nos estudos. Estou amando estudar com essa idade”.
O mesmo sentimento é compartilhado por Roque Antônio de Oliveira, 62 anos, aluno de Produção Cultural na UNIASSELVI. Artista, divorciado e com três filhos adultos, ele começou os estudos na educação superior quando estava há cinco anos desempregado. O ingresso na UNIASSELVI proporcionou não somente um intercâmbio de experiências entre diferentes gerações, como também oportunidades:
“Estou disposto a cuidar de mim, tenho esse direito… Um dos melhores momentos da vida foi em 2023, quando eu fui aprovado no processo seletivo da UNIASSELVI. O curso me deu grandes possibilidades, me abriu horizontes e, quando eu acrescentei a formação no meu currículo, me deu respaldo”.
Oliveira ressalta que está realizado com o que vem conquistando e o fato da metodologia da instituição contar com encontros presenciais semanais, faz toda a diferença para ele:
“Sinceramente, eu acho que biologicamente eu já passei da fase de estar de segunda à sexta-feira dentro de uma sala de aula, então o EAD semipresencial foi um achado. O encontro que acontece com o Tutor no polo é essencial para facilitar o aprendizado”.
Envelhecimento ativo, saudável e feliz
Outro fator indispensável é apoiar e incentivar iniciativas positivas que colaboram com a qualidade de vida na terceira idade. Estudos mostram que o engajamento em atividades intelectuais pode retardar o avanço de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.
A Profª. Joelma Bonetti, coordenadora do curso de Gerontologia da UNIASSELVI, explica que os benefícios são diversos:
“Há muitos impactos na saúde mental e no bem-estar, além de ocasionar um envelhecimento ativo e produtivo. Estudar uma graduação, por exemplo, traz inúmeras vantagens, já que a atividade intelectual constante, aliada à socialização e ao senso de propósito, contribui significativamente para a melhoria da qualidade de vida dos idosos. A educação superior oferece uma plataforma para continuar se desafiando e aprendendo, o que é fundamental para manter a mente ativa e saudável, além de dar pertencimento e autoestima”.
Por Redação UNIASSELVI
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